terça-feira, 2 de agosto de 2011

CRIANDO O ESPAÇO SAGRADO

Postado por Aldebaran às 06:03

                                                                 
                                                                 A ORGANIZAÇÃO DO CIRCULO
  O circulo magico é usado em muitas tradições para proteção, acredita-se que ao determinar um espaço sagrado como este certas forças não podereiam de forma alguma atravessa-lo a menos que fosse convidado pelo mago, bruxo ou sacerdote...
  Ao longo dos seculos foram criadas milhares de aneiras de fazer um mesmo circulos, e cada uma delas da sua forma esta correta..
  O mago solitario não nescessita criar este tipo de circulo ao fazer pequenos rituais pois ele ja conta com a corda de atar ventos (corda magica) que tem esta função, assim como a propria toga do mago que tem a função de protegelo.
  Abaixo coloquei uma forma de fazer o circulo que eu simpatizo muito que foi tirado do livro:
                                               
                                                      A DANÇA COSMICA DAS FEITICEIRAS

  Simpatizo muito com a forma que foi escrito e a forma que este livro esplica cada coisa, fica como dica a leitura deste belo trabalho para aqueles que desejam seguir o caminho da arte, na magia não temos uma biblia sagrada ou um manual que nos diga o que fazer devemos seguir nossos proprios estintos e buscar o conhecimento no cosmo dai sim teremos a certesa de estarmos fazendo certo, mas podemos ter estes belos livros como base para alguns rituais....
Texto de cima escrito por Aldebaran....



                                                                
                                                          ENTRE OS MUNDOS

  O quarto está iluminado somente por velas tremeluzentes em cada um dos pontos cardeais. Os membros do coven estão de pé, formando um círculo, as mãos unidas. Com sua athame, a faca consagrada desembainhada, a sacerdotisa dirige-se ao altar e saúda o céu e a terra. Ela se vira e caminha até o canto leste, acompanhada de dois membros, um conduzindo o cálice de água salgada, o outro o incenso fumegante. Eles estão de frente para o leste. A sacerdotisa eleva sua faca e brada:
Salve, guardiões das Torres de Observação do Oriente,
Poderes do ar!
Invocamos você e chamamos você,
Águia dourada do amanhecer,
Caçadoras de estrelas,
Turbilhão,
Sol nascente,
Vinde!
Pelo ar que é o seu sopro,
Envie sua luz,
Faça-se presente agora!

  Enquanto fala, traça no ar o pentagrama de invocação com sua faca. Ela o vê, brilhando com pálida chama azul, e através dele sente forte lufada de vento, varrendo uma planície iluminada pelos primeiros raios do amanhecer. Ela respira profundamente, atraindo o poder, e então canaliza-o para a faca, que aponta para o chão.
  Ao borrifar a água três vezes, o primeiro membro exclama, “com sal e água eu purifico o leste!” O segundo membro desenha o pentagrama de invocação com incenso, dizendo, “Com fogo e ar, eu exorto o leste!”.
  A sacerdotisa, com a faca apontada para fora, traça os limites do círculo. Ela o vê tomar forma através do olho de sua mente, enquanto os demais continuam, para cada uma das quatro direções, repetindo a invocação, a purificação e a exortação:

Salve, guardiões das torres de observação do sul,
Poderes do fogo!
Invocamos você e chamamos você,
Leão vermelho do calor do meio-dia,
Ser Flamejante!
Quentura de verão,
Fagulha de vida,
Vinde!
Pelo fogo que é o seu espírito,
Envie a sua chama,
Faça-se presente agora!

Salve, guardiões das torres de observação do oeste,
Poderes da Água!
Invocamos você e chamamos você,
Serpente das profundezas do mar,
Fazedor de chuvas,
Crepúsculo cinéreo,
Estrela do anoitecer!
Pelas águas de seu útero vivo,
Envie sua abundância,
Faça-se presente agora!

Salve, guardiões das torres de observação do norte,
Poderes da terra,
Pedra angular de todos os poderes.
Invocamos você e chamamos você,
Senhora da escuridão interior,
Touro negro da meia-noite,
Estrela do norte,
Centro da espiral celeste,
Rocha,
Montanha,
Campo fértil,
Vinde!
Pela terra que é o seu corpo,
Envie a sua força
Faça-se presente agora!


  A sacerdotisa traça o último elo do círculo, terminando no leste. Novamente, ela saúda o céu e a terra, volta-se e toca a ponta de sua athame no caldeirão central e diz,

O círculo está montado.
Estamos entre os mundos,
Além dos limites do tempo,
Onde noite e dia,
Nascimento e morte,
Alegria e tristeza
Tornam-se uma só coisa.

  O segundo membro conduz um círio para a vela do ponto sul e com ele acende as que se encontram ao redor do caldeirão central e no altar, dizendo,

O fogo está aceso,
O ritual começou.

 Retornam ao círculo. O primeiro membro sorri para a pessoa à esquerda e a beija, dizendo,

“Em perfeito amor e perfeita confiança.”
O beijo percorre o círculo.

  “ A manifestação de Deus... envolve a criação de um novo espaço, no qual as mulheres são livres para serem o que são... Seu centro é o limite das instituições patriarcais... seu centro é a vida das mulheres que começam a se libertar rumo à totalidade.”
  “ O ingresso em um novo espaço... também envolve entrar em um novo tempo... O centro do novo tempo está no limite do tempo patriarcal... É a nossa vida. É qualquer momento que estejamos vivendo fora de nossa sensação de realidade, recusando-nos a sermos possuídos, dominados e alienados pelo sistema patriarcal de tempo linear, delimitado e quantitativo.”
Mary Daly

  Em Feitiçaria, definimos um novo espaço e um novo tempo toda vez que organizamos um círculo para um ritual. O círculo existe nos limites do espaço e tempo comuns; encontra-se “entre os mundos” daquilo que é visível e invisível, da consciência da luz das estrelas e da luz fugidia, um espaço onde as realidades alternativas se encontram, onde passado e futuro estão abertos para nós. O tempo não é mais delimitado; torna-se elástico, fluido, o redemoinho em uma lagoa na qual mergulhamos e nadamos. As restrições e distinções de nossos papéis socialmente definidos não têm mais valor; somente as normas da natureza é que dominam, a regra de Ísis, que afirma: “Aquilo que transformei em lei não pode ser desfeito pelo homem.” No círculo, no poder existente dentro de nós, a Deusa e deuses antigos são revelados.
  A disposição de um círculo é uma meditação representativa. Cada gesto que fazemos, cada instrumento que utilizamos, cada poder que invocamos, ressoa através de camadas de significados a fim de despertar um aspecto de nós mesmos. As formas exteriores acobertam visualizações interiores, de tal maneira que o círculo transforma-se numa mandala viva, na qual encontramo-nos centrados.
  Quando organizamos um círculo, criamos uma forma energética, uma fronteira que limita e contém os movimentos das forças sutis. Em bruxaria, a função do círculo não é, essencialmente, a de manter afastadas as energias negativas, mas guardar o poder, a fim de que ele possa atingir a plenitude. Não se pode ferver água sem colocá-la em uma chaleira, assim como não se evoca o poder efetivamente, a menos que ele esteja contido. Desestimula-se o abandono do círculo durante o ritual, pois, desse modo, há uma tendência para a dissipação da energia, apesar de que gatos e crianças muito pequenas parecem passar por ele sem causarem perturbações em seu campo de forças. Os adultos geralmente traçam um “portão”, através de uma pantomima com uma athame, no caso de precisarem sair do círculo antes do término do ritual.
  A disposição do círculo marca o início formal do ritual, a “informação” complexa que nos indica quando alterar nossa percepção para uma modalidade mais profunda. No ritual, “suspendemos a dúvida”, da mesma maneira que o fazemos quando assistimos a uma peça; permitimos que as funções críticas e analíticas do self mais jovem possa responder completa e emocionalmente em relação ao que está acontecendo. O self mais jovem, conforme já foi visto, responde melhor diante de atos, símbolos e coisas palpáveis, portanto essa alteração na consciência é representada pelo uso de uma rica coleção de símbolos e ferramentas.
  Nos círculos permanentes de pedra da era megalítica, onde rituais foram montados durante centenas de anos, grandes reservatórios de poder eram construídos. Visto que as pedras definiam o espaço sagrado, não havia a necessidade de traçar o círculo como o fazemos. A forma circular utilizada pela maioria dos bruxos atualmente originou-se, provavelmente, à época das fogueiras, quando reuniões eram mantidas em segredo, dentro das casas, e tornou-se necessário criar um templo em uma cabana simples. Pode ser que as bruxas tenham se apoderado de algumas formas dos cabalistas. Diz-se que, freqüentemente, as bruxas acolhiam judeus perseguidos por cristãos e que trocavam conhecimentos. (Devo admitir que, enquanto os bruxos em geral gostam de acreditar que isso seja verdade, os judeus parecem não ter dado atenção ao assunto ou, se a deram, não estão alardeando o fato.)
  Antes de qualquer ritual há sempre um período de purificação, durante o qual participantes livram-se de preocupações, inquietações e ansiedades que podem dificultar a sua concentração. Alguns covens simplesmente aspergem (borrifam) cada membro com água salgada à medida que o círculo se organiza. Em rituais muito grandes, este é o único método prático. Mas, para pequenos grupos e trabalhos importantes, usamos um exercício de meditação mais intenso, conhecido como Purificação com Água Salgada.
  Sal e água são elementos purificadores. A água, obviamente, lava. O sal preserva da decadência e é um desinfetante natural. O oceano, o útero da vida, é água salgada, como o são as lágrimas que nos ajudam a purificar o coração de suas tristezas.





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